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30 de ago. de 2011

Aprenda a respirar O1 / O Poeta e a Cega - Parte 11



Foram três dias de viagem. Anna se sentia fraca e desde ontém não conseguia se alimentar bem. Anna e Victor só conversarão o necessário. Mais não era isso que ele queria. Ele havia contratado um medico particular para cuidar de sua filha e acompanha-la aonde quer que ela fosse. Contratou um motorista e cozinheiros. Não queria que nada lhe faltasse. Ter a deixado quando ela mais precisou foi um dos seus piores erros. Ele se condenava por isso. Mais a vida o havia lhe ensinado a ser frio e guardar os seus sentimentos. A ser cauculista e acreditar que o dinheiro compraria vidas.
Faltando pouco tempo para chegarem em casa ele sorriu e disse.
- Fico feliz que você tenha vindo comigo.
- Não fique tão feliz assim... Voltei pelo bem de Peter. - Meio chateado ele concordou.
- Do que você vai sentir falta? - "Peter" ela pensou. Mais não foi o que ela disse.
- Do meu jardim. Vou sentir falta do cheiro das rosas... Do doce das laranjas e do alecrim. - Ela sorriu e a nostalgia a deixou meio tonta.
- Anna... - Ele foi falando baixo. - Espero que você não se sinta ofendida... Mas contratei um medico para ajudar na recuperação da sua visão.
- Como? Todos os medicos da minha cidade já tentaram me ajudar. - Ela tentou sorrir sem muito sucesso. - E como se pode ver... Não conseguiram. - Victor estava chateado. As palavras de Anna vinham como um agua fria. "Ela nunca entenderia."  Ele pensou. Também pensou em desistir de tentou a faze-la feliz, mais continuou.
- Por favor Anna. Nós iremos morar juntos. Preciso que você confie em mim. Me dê uma segunda chance.
- Eu não me lembro de ter lhe dado a primeira.- Respondeu Anna com toda frieza possível.
- Anna... Entendo todo o rancor que você sente por mim. Mais aceite que eu sou seu pai. Vamos morar por um tempo indeterminado juntos. Preciso que você confie em mim. Me dê uma unica chance... Para lhe provar que não te quero mal. Uma chance Anna... Não estou lhe pedindo demais. Quero lhe ajudar, lhe fazer feliz. Lhe dar o tempo que eu te fiz perder. Eu quero fazer o que for preciso para lhe trazer de volta a visão. Nem que tenhamos que ir para o Brasil. Entenda... Eu amo você.
- Me... Me ama?
- Com todas as minhas forças... Anna. Eu sinto muitissimo por ter lhe deixado. Por favor... Aceite os meus cuidados? - Ela não sabia se o que ele estava falando era verdade. Não sabia o que ele queria e muito menos as suas intenções. Mais ele havia pedido uma chance e mesmo que parecesse bobo da parte dela dar uma chance a ele, mesmo que depois ela fosse se culpar caso algo acontecesse. Ela lhe deu uma chance. E o pacto de paz foi selado com um beijo na testa.
Haviam chegado em casa. Anna procurou Rain pelo carro mais ela estava nos braços de seu pai. "Pai... Pai.. Victor. Vic. Hum... Pai é melhor." Ela pensou no melhor para o chamar. Foram recebidos pelos empregados que estavam divididos em duas fileiras, mulheres do lado direito e homem do lado esquerdo. Victor fez as apresentações. Anna não conseguiu gravar o nome de todos, mais logo o medico estava do seu lado descrevendo o que acontecia em sua volta. Ele também descreveu a casa e o andar de cima no qual encontrava seu quarto.
- Seu quarto... Ele foi pintado de branco para representar sua pureza.
- Acredite... Eu não sou pura.
- A pureza não está no corpo, Senhorita Anna. E sim no coração.
- E o que te leva a acreditar que o meu coração é puro?
- É como gostar de alguém que você não conhece, ou mal conhece. Eu não sei... Eu só... Sinto. - Anna ficou paralisada com a resposta. Havia sido tão ágil. Até parecia as respostas de... Peter. Ela o deixava escapar por entre os seus pensamentos. Queria evitar, mais ainda não sabia como.
Ouviu alguém bater na porta. Era uma das empregadas, seu nome era Marrie , na verdade Marrie era quase uma governanta. Ela anunciou que Victor esperava Anna para um jantar. O jantar havia sido anunciado também a alta sociedade para conhecerem Anna.
Marrie preparou o banho de Anna com óleo perfumado e hidratantes. Lhe penteou o cabelo, secou e escolheu sua roupa.
No jantar todos ofereceram ajuda a Anna. Caso ela precisasse. Os jovens rapazes haviam ficado fascinados em Anna, a acharam linda, radiante. Anna tentou fazer parte daquela sociedade desprezível e ignorante, mais caso seu pai perguntasse "Havia sido um ótimo jantar."
Os tempos foram passando. E as visitas aos oftalmologistas eram constantes. "Há Chances." Ela os ouvia dizer e sentia medo de se empolgar demais. Se passaram um mês... Dois meses. Teria que ir pra fora do país para fazer a operação. Antes disso teria que ir ao medico. Fazer exames. E foi o que fez.
No dia de ir buscar os exames o seu medico que agora intimos conversavam melhor. O medico desceu do carro e foi até o balcão buscar os exames de Anna.
Esperou para abrir ao entrar no carro. Foi dizendo:
- Está tudo bem, está tudo bem, está tudo bem. - Até que ele ficou em silencio. E aquilo a preocupou muito.
- Por Deus Mathew. O que tem ai? Eu vou morrer?
- Anna você...
- Eu?
- Você está gravida.
- O que?


Continua...

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