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9 de jan. de 2012

De volta / O Poeta e a Cega – Parte 21


Eles chegaram a Europa. O frio chicoteou o rosto de Anna que estava acostumada com o calor excessivo do Brasil.
Ela ficou fascinada com o lugar, era tudo tão lindo, tão quieto e silencioso... Ao contrario do Brasil. Se pegou rindo, e resolveu continuar andando. Ela ajeitou o casaco, que se recusava aquece-la e observou o lugar.
- Vamos.  – Disse Mathew que parecia um tanto desconfortável.  Ela assentiu e eles foram. Se ela pudesse iria a pé. Aquilo tudo ainda era novidade para ela. Então ela riu mais ainda, e de repente sentiu como se fosse um soco no estomago. Mila! Por Deus, ela havia a esquecido. Se sentiu uma péssima mãe. E Procurou desesperadamente sua filha ao seu lado, e a encontrou aninhada nos braços de Mathew.
Ele parecia tão triste e distante, pensou em perguntar se havia acontecido algo mas no final, ficou calada. Se sentiu cansada, quase exausta, decidiu parar e comprar um café, mas se arrependeu logo em seguida, o café era horrível. Era aguado e muito doce. “Ainda bem que tenho os bolinhos” Ela pensou.
Victor havia dito para o motorista ir o mais rápido que pudesse, então logo eles estavam em casa. A “Casa” na verdade estava mais para uma mansão. Exatamente como daqueles filmes. Todos já estavam dentro de casa, mais Anna ainda estava observando a casa do lado de fora toda abobada.
Assim que ela entrou foi todos os empregados a esperavam.  Uma mulher de cabelos castanhos preso firmemente na nuca a acompanhou até o seu quarto. Subiram vários degraus até chegarem finalmente. A mulher pediu permissão e depois saiu.
O quarto era simplesmente enorme. Havia uma janela com vista para toda a cidade. O quarto havia sido pintado de cores claras, a cama era king size e cheia de travesseiros fofos.
O quarda-roupa, era quase um closet. Anna quase gritou de alegria. Desde quando era tão materialista? Ela riu com o pensamento. As roupas eram super apropriadas. Havia muitas botas e jaquetas de lã, couro, e tudo que podia ter. Havia também cachecóis e lindos sapatos, do tipo peep toe.
Ela estava tão consumidoramente feliz, que mal percebeu que Mila estava em um berço cor de rosa, dormindo tranqüila. Seu pai chegou sério no quarto e pediu que ela se arrumasse logo que teriam que sair.
- Esteja social. – Ele disse e depois saiu.
Anna tomou um banho rápido. Vestiu um vestido preto justo que ia até os joelhos e um peep toe bege.  Mila estava vestida como uma princesa, o vestido que ela usava era branco e os sapatos cor de rosa. Seu pai e Mathew usavam ternos. Não disseram muita coisa durante a ida deles a tal lugar.
Ao chegarem, numa casa cheia e super movimentada. Anna não percebeu mais a mulher que havia a levado para seu quarto, a de cabelos castanhos, estava com eles. Vestida com um vestido longo e preto. 
- Anna, estamos aqui para prestarmos solidariedade ao Peter. – Anna sentiu o corpo gelar no mesmo instante. – Annabelle ficara com Mila. – Ele apontou com a cabeça para a mulher.
- Mas... – Anna tentou dizer alguma coisa, mais nada lhe passava na cabeça. Pode ver o rosto de Mathew enquanto eles entravam naquela casa primeiro. “Como eu sou estúpida!” Anna se xingou mentalmente. “Era por isso que ele estava triste o tempo todo. Como eu sou egoísta.
-Anna! – Seu pai a chamou. E ela foi.
O lugar estava cheio de pessoas bens vestidas. Estavam servindo drinques e prestando homenagens a Peter, que Anna não havia o encontrado até agora. Ela não sabia se agradecia a Deus por isso, ou se não te-lo visto até agora era alguma forma de tortura.
Seu pai agora era um daqueles que prestavam homenagem a Peter. Resolveu que não queria ficar ali, queria sua filha. Assim que se virou, algum desastrado tombou com ela e derramou bebida nos seus sapatos. Anna sentiu vontade de o esganar, mais depois o que mais sentiu foi medo. Ele estava ali, parado, imobilizado, assim como ela. Na verdade Anna não sabia como, mais ela havia o reconhecido.
Ele estava com o cabelo todo bagunçado, cheio de gel. Ela pode ver. Usava botas e colete. A camisa estava meio aberta, e usava jeans velho.
Não, não podia ser. Mil coisas passaram na cabeça dela. E o que se repetia era “Não pode ser.
- An...Anna? – Sim. Era ele. Ela teve certeza ao ouvir a voz dele.
- Peter? – Ele concordou com a cabeça. – Você... Você... – Ele não conseguiu dizer, e um homem de barba longa e branca o chamou. E ele simplesmente teve que ir.


Continua...

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