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19 de set. de 2011

Acomode-se / O Poeta e a Cega - Parte 16



Se era pra se preocupar ou não, Anna deixou simplesmente que as coisas acontecessem. Juntou o util ao agradavel e simplesmente viveu. Vezes ou outra quando se sentir fragil e insegura tinha Mathew e seu pai ao seu lado.
Ela já não estudava tanto porque havia aprendido a maioria. E o tempo... Só passava. Mais dois meses e sua filha nasceria. Ela passava a noite com Mathew tentando decidirem um nome para ela.
Era encantador o modo em que Mathew ficava fazendo delicados círculos em volta do seu umbigo. Ele era tão maduro e estava ocupando grande espaço no seu coração, na sua vida. Ele devia ser só o seu medico e no final das contas acabou sendo medico, marido, melhor amigo, conselheiro... E tudo mais que vinha no pacote Mathew.
- Qualquer um faria isso. - Ele dizia.
- Não... Isso vem só de você. Essa luz só pertence a você. - Não era mais um falso casamento. Era um casamento de verdade. E ela teve muita sorte ao escolher o marido.
- ... Que tal Julia? - Ele perguntou.
- Argh. Julia? Não, eu não gostei.
- Luna? Hum... Kate?
- Gostei de Kate. Mais não vai ser esse.
- Luisie? Sophia?
- Não, não, não, não. - Ela o calava com alguns beijos e depois ficavam olhando enquanto a criança vazia grandes voltas na barriga de Anna. Era tão diferente.
Anna gostava de conversar com a criança enquanto tomava banho. A bebê respondia com alguns chutes e depois elas ficavam quietas no silencio do quarto delas.
- Dorme bem minha... Minha Mila. - E assim foi que surgiu o nome dela. Mila. Não sabia porque daquele nome, mais de repente seria ele. No outro dia procuraria o significado em algum livro. Mais agora ela iria dormir.
No dia seguinte ela se deparou com os olhos claros de Mathew, o sorriso dele estava meio torto. Um sorriso do tipo que todo cara errado tem.
Ele a beijou na testa, no nariz e em seguida na boca. Assim que ele se afastou Anna tampou o rosto com uma almofada. Ele gargalhou.
- O que foi Anna?
- Eu estou feia e nem escovei os dentes. - Ele riu e puxou a almofada do rosto dela.
- Você é linda. Sempre foi e sempre será.
- Você não precisa mentir só porque é casado comigo. Não vou pedir divorcio por você ser sincero. - Dessa vez os dois riram.
- Um dia eu te empresto os meus olhos, para que você possa ver como alguém de fora como você é linda.
- Tudo bem... - Ela se sentou. - O que você quer? - O sorriso torto dele voltou. Exatamente como estava quando ela acordou. Lindo, atraente. Quase irresistível. Ou talvez irresistível.
- Por que você acha que eu quero alguma coisa? - Ela não conseguia parar de olhar para ele. Ele era tão... Lindo! Ela tentou engolir, sua garganta estava seca e então percebeu que estava nervosa.
- Acordei com um sorriso seu que ia de orelha a orelha. Depois começou a dizer que eu sou linda. Com certeza deve ter algum motivo.
- Sim. Tem... Tem algo que eu quero.- O rosto dele se desviou do rosto dela e a respiração dele cada vez mais ficava perto do seu pescoço. Ela sentiu um errepio que começou no braço e terminou nas coxas. Ela não disse nada, mais a respiração pesada a entregou.
- Você. - Ele disse. - Eu quero você. - Ela queria dizer "Eu também quero você." Mais a pose de bom moço e medico diplomado veio na sua cabeça e sentiu algum certo receio de dizer.
Ele se aproximou e a beijou no pescoço. O arrepio que já havia passado voltou rapidamente e com mais força. Ela se deitou e ele a beijou. Tão intensamente e de repente ele estava soltando a alça de seu vestido. Ele tomava tanto cuidado ao mesmo tempo era tudo tão quente.
Ele foi tirando seu vestido com cuidado e a barriga ficou a mostra. Pensou que deveria se sentir envergonhada. Mais logo o pensamento se desfez. Num rodopio, Anna já estava sentada e seus cabelos longos grudavam na pele soada. Tanto na dela, quanto na dele. Ele tirou a camisa com rapidez e depois a calça.
O corpo dele era lindo. Definido. Ele malhava? Ela se perguntou. Nunca havia percebido como o corpo dele era tão bonito. Levando em consideração quantas vezes ele já havia trocado de roupa na sua frente. De repente ela sentiu o peito queimar. O calor do corpo dele. A firmeza com que ele a tocava se juntou em seu peito e se desfez com um gemido.
Ele beijava cada parte do seu corpo. Entrelaçava seus dedos nos cabelos dela e os seguravam com força para o lado. Outro rodopio e ela estava encima dele. Ele sorriu e ela o beijou e se entregou. Mais uma vez não teve certeza do que estava fazendo... Mais deixou acontecer.

Continua...

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